16 de novembro de 2018 in Ecodesign

Bill Gates apresenta vaso sanitário que não precisa de água e rede de esgoto

E se os vasos sanitários fossem capazes de dispensar o uso de água e rede de esgoto? Essa inovação já existe e foi apresentada na primeira semana de outubro por ninguém menos que Bill Gates, co-fundador da Microsoft.  O modelo utiliza produtos químicos para transformar dejetos humanos em fertilizante. 

Foto: AP

“O vaso sanitário atual simplesmente manda os dejetos embora na água, enquanto estes vasos sanitários não têm o esgoto. Eles recebem os dejetos líquidos e sólidos e fazem um trabalho químico neles, o que inclui queimá-los na maioria dos casos”, explicou Gates à Reuters.

A novidade foi apresentada no evento Reinvented Toilet Expo, na China. Em palestra, Gates elogiou o livre comércio globalizado, que tornou possível o desenvolvimento do vaso sanitário.

“Acredito sinceramente que o comércio permite que cada país faça aquilo em que é melhor”, afirmou o bilionário. “Então, quando falo de componentes deste vaso sanitário sendo feitos na China, outros na Tailândia, outros nos Estados Unidos, estou dizendo como é bom juntar todo esse QI para ter essa combinação.”

Tecnologia pronta
O novo vaso sanitário é resultado de anos de desenvolvimento, em projetos financiados pela Fundação Bill e Melinda Gates. Segundo Gates, a tecnologia já está pronta para entrar no mercado, em vários modelos, e pode ser comparada à computação.

“Da mesma maneira que um computador pessoal é de certa forma autossuficiente, e não uma coisa gigantesca, podemos realizar este processamento químico nos próprios lares”, afirmou.

Revolução global
O que pode parecer trivial tem o potencial para promover uma revolução global no saneamento. No palco, Gates mostrou um pote com excrementos humanos, que continham 200 trilhões de células de rotavírus, 20 bilhões de bactérias e cem mil ovos de parasitas. A esterilização de resíduos humanos podem evitar 500 mil mortes de crianças e economizar US$ 233 bilhões por ano em custos para o tratamento de doenças como diarreia e cólera.

“Nos lugares onde não há instalações sanitárias, tem muito mais disso”, afirmou, apontando para o pote. “E é a isso que as crianças são continuamente expostas quando brincam, e é por isso que relacionamos isso não apenas com a qualidade de vida, como também com doenças, morte e desnutrição.”

Carência ao básico
De acordo com bilionário, mais da metade da população mundial não tem acesso a banheiros apropriados, equipamento que deveria ser considerado básico.

“Quando você pensa em coisas que são básicas, junto com a saúde e ter o que comer, ter uma privada faz parte desta lista”, afirmou.

Será que essa inovação terá viabilidade e escala para ser acessível em todo o mundo?

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